Equipe Farmacologia Informa
Um artigo publicado no dia 25 de maio na revista científica The Lancet indicou que a utilização de hidroxicloroquina (HCQ) ou cloroquina (CQ), combinada ou não a um antibiótico da classe dos macrolídeos (azitromicina ou claritromicina), não apresentou evidências de benefício terapêutico para pacientes hospitalizados com COVID-19, além de estar associada à maior frequência de arritmias cardíacas e menor sobrevivência. O estudo observacional analisou o registro clínico de 96032 pacientes hospitalizados com COVID-19, de 6 continentes, dos quais 14888 foram tratados com os fármacos em questão (com início do tratamento em até 48 h após o diagnóstico laboratorial) e 81144 foram incluídos no grupo controle. Estudos clínicos controlados randomizados ainda são necessários para confirmar os benefícios e os riscos associados à utilização destes fármacos.
Uma série de questões científicas sobre os dados apresentados neste estudo foram levantadas por vários cientistas, o que resultou na publicação de uma nota dos editores da revista para alertar os leitores.
Hoje, dia 04 de junho de 2020, 3 autores fizeram uma retratação do artigo, uma vez que uma revisão independente dos dados apresentados no artigo não pôde ser concluída. Desta forma, os autores concluíram que não podem mais atestar a veracidade da fonte dos dados utilizada no trabalho.
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